Ambulantes de Santiago terão espaço na praça do QG
Um assunto tem repercutido muito nas redes sociais dos santiaguenses na última semana. Trata-se dos ambulantes senegaleses que ficam nas quadras do calçadão.
O assunto é polêmico por vários motivos. De um lado, o comércio local e os empresários, que arcam com o pagamento de impostos, aluguéis e todas as taxas que bem sabemos, são um absurdo em nosso país.
Do outro lado, jovens senegaleses e mais 9 ambulantes que estão trabalhando honestamente, embora estejam na informalidade, e dessa forma, fora do escopo legal que rege as atividades comerciais no município. O assunto tem gerado centenas de comentários e opiniões divergentes, o que é absolutamente normal no campo das idéias.
Não quero entrar no mérito da questão, tão pouco apontar, mesmo que seja opinião de caráter pessoal e intransferível, certos ou culpados.
Sabe-se agora, que o Centro Empresarial de Santiago enviou, a pedido dos empresários locais, uma solicitação à Prefeitura, pedindo informações sobre a informalidade praticada pelos trabalhadores ambulantes em questão.
A partir dessa solicitação, o executivo local procedeu a notificação dos ambulantes, sendo expedidas o total de 13 notificações, desse total, 4 estrangeiros do Senegal.
Consta na notificação, menção à questão do passeio público, que estaria sendo obstruído pelas mesas usadas na exposição dos produtos, inclusive.
Em entrevista à Rádio Santiago, o prefeito Tiago Gosrki comentou que as ações da prefeitura foram mal interpretadas, e que não existe nenhum ato discriminatório, e sim, preocupação em legalizar a situação desses trabalhadores, sejam eles brasileiros ou estrangeiros.
Após reunião com os 13 trabalhadores ambulantes de Santiago na manhã desta segunda, o prefeito Tiago Gorski Lacerda informou que a Prefeitura pretende estruturar um centro popular de compras na praça Franklin Frota (Praça do QG), idéia que vinha sendo trabalhada pela Prefeitura há um tempo.
Essa opção foi apresentada aos trabalhadores como alternativa provisória para que não permaneçam fixos em frente das empresas no calçadão e arredores, já que existe uma solicitação do Centro Empresarial, em nome de todo o comércio que se sente prejudicado pela permanência deles em frente às lojas, com mesas e dispositivos que atrapalham o trânsito e a visibilidade de vitrinas.
Considerando a importância dos lojistas para a economia do município, como o maior gerador de empregos, o pedido do Centro Empresarial recebeu a devida atenção do Executivo, que busca harmonizar a demanda dos empresários com a necessidade dos vendedores informais.
O prefeito também atendeu a pedidos de entrevistas e falou nas rádios Santiago e Verdes Pampas sobre o assunto, e tentou esclarecer o que foi posto em dúvida nas redes sociais.
“Não queremos proibir ninguém de trabalhar, afirmou.”
Temos de resolver não o problema de um, mas o de todos, coletivamente”, ressaltou. Da mesma maneira, baseado nas reclamações, a Prefeitura deverá adequar as empresas que ocupam as calçadas com mesas em horário de comércio.
Mas é preciso legalizar, obedecer às regras e achar a melhor solução para os ambulantes”, ressaltando que todos pagam as taxas para trabalhar. Do mesmo modo, que o município não é contra o comércio informal, tanto que já está estruturando o “Brique da Praça”, cuja primeira edição será no dia 6 de agosto e vai estimular o comércio popular um domingo por mês.