Alegrete: Fóssil de 10 mil anos de “Tatu Gigante” é encontrado
Fóssil de 10 mil anos é encontrado em Alegrete
A descoberta foi feita pelo engenheiro agrônomo e produtor rural, Átila Leães Dorneles e a sua esposa, a jornalista Vanessa Peres.
Eles passeavam de barco na margem do Rio Ibicuí, em sua propriedade rural, no final de semana passado, quando encontraram o fóssil de Gliptodonte, um tatu gigante.
O animal é de uma família de mamíferos herbívoros, atualmente extinto há mais de dez mil anos, assemelhados aos tatus, dentre os quais se destacam.
Os gliptodontídeos desenvolveram durante o Mioceno na América do Sul. A principal característica do gliptodontídeos era a sua armadura como a de tatus, que se protegia das aves predadoras gigantes da família das forusracídeas.
Gliptodontídeos foram extintos no final da última era glacial, juntamente com um grande número de outras espécies da megafauna pleistocênica, incluindo as preguiças gigantes e as “lhamas macrauquênias”.
Seus parentes muito menores, mais leves e flexível blindados, os tatus, sobreviveram.
A jornalista e esposa do produtor, Vanessa da Motta Peres, entrou em contato com a UFSM, Universidade Federal de Santa Maria, com o Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia, que confirmou através das fotos enviadas que se tratava de um fóssil de gliptodonte.
Os pesquisadores e doutores nessa área, se deslocaram, juntamente com uma equipe enviada pela TV Globo, da RBS TV de Uruguaiana, com o próprio Coordenador da região Fronteira Oeste, Celso Duarte, ontem pela manhã até o local onde o fóssil está para a certificação do material e o processo de retirada do mesmo para análise e estudo.
“Foi uma descoberta surpreendente pois se trata realmente de um fóssil de gliptodonte, o qual se encontra em excelente estado de conservação e tamanho original.
Estamos trabalhando para tentar retirar esse fóssil o mais inteiro possível”, relata o Biólogo especializado em Paleontologia da UFSM, Dr. Flávio Augusto Pretto, um dos paleontólogos que se encontra em Alegrete fazendo esse trabalho.
Questionada sobre a descoberta, Vanessa resumiu:
“O que eu acho, sinceramente, é que essa interação entre os seres vivos e a terra há milhões e milhões de anos é algo realmente fascinante.
Esses restos de seres vivos que encontramos, nos dão informações muito importantes sobre o passado.
É, através deles, que escrevemos uma boa parte da história que não presenciamos.
Indiscutivelmente, essas descobertas são importantíssimas para o conhecimento e o estudo e a reconstituição da história da Terra.
Alegrete, sem duvida, ganha muito com essa história que estamos podendo contar”.
Fóssil de 10 mil anos é encontrado em Alegrete
Com informações do site Alegrete Tudo
Imagens e vídeo: Jornalista Vanessa Peres/Reprodução