Essa semana é marcada pela passagem do Dia Internacional da Mulher, data relembrada com homenagens e reflexões pertinentes. Também gostaria de registrar aqui a minha admiração por todas nós, mulheres. Nossa força em buscar e promover transformações sociais, nossa flexibilidade e versatilidade são notáveis. Porém, com tantas responsabilidades adquiridas no decorrer dos anos, comprometemos um pouco nossa sensibilidade, pois o mundo nos diz o tempo inteiro que é preciso ser forte.
Discordo do mundo, não podemos e nem precisamos ser fortes a todo o momento, simplesmente pelo fato de que, antes de sermos mulheres ou homens, somos todos seres humanos em construção, em evolução constante. Homenagens à parte, é necessário lembrar-se desse importante aspecto de nossa condição humana, pois todos nós, independente do gênero, raça e condição social, desejamos a felicidade, a realização pessoal e tudo mais que nela couber. Também sofremos dores, decepções, frustrações, algumas mais manifestadas, outras não.
Acredito que os rótulos fazem mal a qualquer pessoa, portanto, não somos o sexo frágil, somos pessoas com direitos e deveres, somos pessoas com ideais e sonhos a serem conquistados. Nós,mulheres, ao longo da história passamos por inúmeras injustiças sociais que cabem sim a uma profunda reflexão e postura de amor próprio. Não deveríamos esperar reconhecimento e nem flores, mas sim, o respeito e o cumprimento dos direitos garantidos por lei e uma sociedade sem violência e discriminações, uma sociedade justa para seres humanos, independente do gênero ao qual pertencem.
