Metamorfose
Dia desses uma pessoa muito especial me deu um conselho profundo e belo utilizando a metáfora da borboleta. Isso me fez refletir sobre os voos que escolhemos fazer nessa vida, sobre quais jardins visitamos em nossa jornada,sobre romper os casulos das ilusões que nos aprisionam, pensei muitas coisas inspirada nas palavras deste ser iluminado, agradecendo a vida por nos aproximar de pessoas assim.
Muitas vezes o ato de voar fica comprometido por conta de pesos acumulados ao longo do caminho, coisas que não nos pertencem, mas que, por falta de percepção, insistimos em carregar. Falta de diálogo, trabalhos frustrados, incertezas, decepções, preocupações desnecessárias, medos e ansiedades são alguns exemplos desses pesos que dificultam as condições do despertar da borboleta.
Talvez os problemas que enfrentamos no decorrer da vida possam ser comparados ao casulo que prepara a lagarta para a grande metamorfose que a espera. Assim, no tempo necessário para a sua maturação, a lagarta vai deixando seu aspecto mais primitivo para vestir-se de cores, leveza e beleza. Também sou lagarta em metamorfose, disposta a soltar os pesos que ainda me impedem de voar. Estou escolhendo os jardins que desejo visitar e as flores nas quais irei pousar meus sonhos.
Permita-se ser lagarta em metamorfose também, mesmo que isso doa no início, pois romper o casulo nem sempre é fácil, implica em abrir mão de muitas coisas, sair da zona de conforto e da aparente segurança. Porém, certamente valerá a pena quando você perceber as multicores que se abrirão em forma de um belo par de asas, permitindo que você voe em busca dos seus sonhos mais especiais.