Quando eu era criança, minha imaginação estava num ritmo muito intenso criando histórias e aventuras mirabolantes. Eu podia fazer de tudo: voar muito alto; observar o planeta lá de longe; ficar perdida no universo; conversar com flores e animais e sorrir sem cerimônias. O problema é que a gente cresce e vai perdendo esses encantos da infância, dia após dia. A quantidade de responsabilidades que a vida adulta nos impõe é tão intensa, que esquecemos o lado mais leve e colorido da vida. Aos poucos, infelizmente, vamos embrutecendo interiormente e manifestamos isso em nossas faces cansadas e franzidas.
Se soubéssemos antes o quanto é bom cultivar a nossa criança interior, quantos erros poderiam ser evitados, quantas vezes iríamos sorrir mais, até mesmo de nossas situações complicadas, quanta vida teríamos deixado de desperdiçar! A boa notícia é que sempre existe uma forma de compensar falhas e chamar a nossa linda criança interna para brincar, para ser feliz, livre e leve! A curiosidade pelo novo, a vontade de aprender e descobrir, de experimentar, de encantar-se pelas coisas mais simples…você consegue imaginar como nossas rotinas seriam mais alegres com uma pitada de todos esses sentimentos e sensações?
Particularmente, eu sinto falta de adultos que se permitem ser um pouco (ou muito) crianças vez ou outra. O mundo está em preto e branco ultimamente…É preciso sorrir, ser mais gentil consigo mesmo e com os outros e estar sempre pronto para espalhar alegria por onde passar. Eu tenho meu canto encantado onde gosto de escrever e rever as fotos antigas, dos tempos de infância. E eu tenho um cantinho no meu coração onde cabem todos vocês, caros leitores!
